Vi a alma do sertão, que a natureza beija,
Quando na noite clara adeja sobre o monte...
Da lânguida figura a imagem sertaneja
Reflete cintilante o brilho em linda fonte!
Tão bela, fez-se nua, ao
beijar minha fronte
Num suave cintilar de luz que inda lampeja...
Igual um vagalume em forma de cereja,
Em silhueta brilha ainda no horizonte!
Vi a alma sertaneja alvissareira e bela,
Saída do serrado a inebriar minh’alma...
Ouvi seu acalanto ao abrir da janela!
... Em transparente manto, igual feito de talma,
A imagem sertaneja, airosa e tão singela,
Partiu, deixou-me só... Arrebatou minh’alma!
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