segunda-feira, 3 de novembro de 2014

DEFEITOS


Tenho defeitos... Ah! E como os tenho!
Um deles é te amar sem ter medida...
Ah! Outro é te encontrar por esta vida
E me sentir tão prosa em ser teu lenho...

Tenho defeitos, sim, e mais me empenho,
Em te fazer assim minha querida.
Se um dia andei distante, hoje aqui venho,
Em busca da tua voz nunca esquecida!

Não há sentido em ter-te tão distante,
Quando o que eu quero é ver-te nesse instante,
Para matar saudades que guardei...

Em nesga a lua eu vi... Lá te encontrei
Entre as estrelas, inda que minguante...
Outro defeito... Amei-te... Ah... Como amei!


sábado, 1 de novembro de 2014

O PENSAMENTO


No carrilhão das horas, solitário,
O pêndulo sucumbe-se ao destino
Não ouve as badaladas quais de um sino
Nem vê os descompassos do cenário

Em seu labor que é mais que centenário
Teria andado mais que um peregrino
Pois trabalhado tem mais que operário
Trabalha seja noite ou sol a pino

Qual pêndulo, se vai o pensamento...
Dá voltas, vira o mundo em um momento
E sem controle vai onde ele quer!

...É nele que eu viajo ao firmamento
Afasto o que na vida há de tormento
Faça calor, ou o frio que fizer