sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Aniversário de um Homem













É dia de Natal... E ele está sozinho...
Cartões, abraços,  beijos até no cãozinho.
Acho que o homem  está triste, apesar das festividades.
Presentes e mais presentes, sem grandes novidades.
Sozinho na multidão ele procura seu nome.
Ninguém o anuncia. Ninguém fala nesse homem.
Guirlandas e árvores, bolas brilhantes e coloridas.
Gente pra cima e pra baixo nos “ shoppings”  e avenidas.
De quem é esse aniversário? Por que o povo se rejubila?
A mídia anuncia tudo. Sem escolha, entramos na fila.
Muitos não ligam, outros nem sabem o porquê da festa (é minha  impressão).
Bebem, dançam, gritam...  Tremenda confusão.
... E aquele homem caminha pelo mundo,  sozinho,
Olhando dançarinos e bêbados girando como moinhos...

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Ele não está longe! Ele está aqui! Ele está por toda parte!
Ele vive e ainda zela por todos nós. Ele me ama e quer amar-te!
Ele já fez Sua tarefa e nos mostrou o caminho.
Foi crucificado e coroado de espinho,
Morreu por nossos pecados e nos deu a Salvação!
Ah! Jesus é o nome dele!  É seu aniversário. Senhor, perdoe-nos! Receba nossa  humilde  Saudação!
UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO A TODOS !                                                      

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

DAQUI EU PENSO NELA













Na saída, o mato, a cerca
Lagarto passeia só
Não há vozes, há silvos
Mato range
Corto galho de espinho
Afasto cipó
Minha vista pouco abrange
Mata espessa, friagem sombria
Folhas mortas cobrem o chão
Na mão carrego o alfange
Paro e respiro fundo
... Esse é meu mundo!
Aqui, o tempo é contado pelo cansaço
- Se andei muito, se andei pouco...
Encontro um brejo, um rio
Árvore caída que virou pinguela
Um banho na água fria
Tibummmm!
Em volta, a natureza espia
Daqui eu penso nela
Não na natureza...
Mas na que ficou a me olhar
Lá da janela... Eu penso é nela...
A brisa bate e a saudade tange
É hora de voltar... Voltar pra ela!...

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

NUM LIVRE GALOPE













Cansada, a cabeça já pede descanso
Da lida ou tropeço que rouba a atenção;
Já vai combalida, pesando na mão,
Em busca das águas d’um belo remanso,
Do banho onde nado, mergulho e não canso...
Já dei meu recado, já posso nadar;
Formei-me, construí, escrevi meu pensar;
Agora já posso selar meu cavalo,
Curtir essa vida, e sair para o embalo...
E vou galopando na beira do mar!

Não levo comigo o que fiz nesse mundo,
Pois pesa no fundo do alforje de couro;
Na sede, já sei onde achar bebedouro;
Comida eu terei, sei pescar lá no fundo,
A mãe natureza deu rio fecundo
E deu-me coragem e ensinou-me a nadar!
Chegou minha vez de também me largar;
Dei frutos, dei vida pra muitos rebentos!
Vou solto nos campos, nas águas, nos ventos,
Num livre galope... Na beira do mar!...

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ENTRE CONTRAS E PRÓS














Vamos nós, juntos, procurar o bem,
Porque o mal só nos trará tristeza!
Ouço o solfejo da canção que vem
Com suavidade nos trazer nobreza...

Quando um não quer dizem que dois não brigam!
- É a sapiência popular que diz.
Que os anjos ouçam e que a nós bendigam!
Que nunca seja a nossa paz um triz!

Se está difícil a cavalgada a nós,
Façamos pouso no mais belo abrigo;
Recalculemos nosso rumo antigo,

Para que nunca nos sintamos sós!
Na vida há contras, mas também há prós...
Com todo amor, quero você comigo!

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TEUS BEIJOS (rondel)













Tornou-se um fardo ficar longe dos teus beijos...
Quando me lembro turvo o olhar, perco a visão!
Já não há jeito de alijar-te dos desejos
Tão arraigados dentro do meu coração!

Vago nas noites como louco em meus lampejos
Na tentativa de abrandar minha aflição;
Tornou-se um fardo ficar longe dos teus beijos...
Quando me lembro turvo o olhar, perco a visão!

Tu sempre foste tão presente em meus ensejos
Não deixarei que um dia soltes minha mão;
Seria a morte não ter mais os teus gracejos
Seria ter apunhalado o coração...
Tornou-se um fardo ficar longe dos teus beijos...

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

AMAR EM PAZ

Se amo, o meu amor é verdadeiro;
Se assim não o fosse, não seria amor.
Levo esse sentimento aonde for;
Perambulando vou, sem paradeiro!

Seguindo o meu instinto, sem roteiro,
Meu canto mudo finge ser cantor;
A pena, à minha mão, o meu compor;
A fé o meu apoio, o meu madeiro!

Assim, na vida onde o olhar alcança,
Desenho em pensamento o que mais quero,
Na paz do teu amor que tanto espero...

Num viver leve e cheio de bonança,
Quero pra nós a paz do amor sincero,
Enquanto a vida embala a esperança!

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FAÇA SOL OU FAÇA CHUVA!













Peguei u’a estrada de terra
Lá pras bandas do sertão
Quando a chuva lá da serra
Levava tudo em roldão
Não se via o horizonte
Nem a serra ali defronte
Era água enchendo a fonte
Banhando meu coração!

Pedi a meu Deus do céu
Que me desse algum abrigo
Eu ali ficando ao léu
Corria grande perigo
Nesse instante abriu o sol
Ouvi cantar rouxinol
Vi as cores do arrebol
Falei: Deus está comigo!

A partir daquele instante
Minha estrada se abriu
Vi pedras de diamante
Coisas que nunca se viu
Apareceu seminua
Dizendo-me: eu sou tua
Mulher com traços de Lua
... Junto comigo partiu!

Até hoje quando vejo
No céu as nuvens de chuva
Lembro-me que foi num beijo
Com gosto de mel e uva
Que a mulher tão seminua
Fez de mim a sua rua
... E hoje comigo flutua
Faça sol ou faça chuva!

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sábado, 10 de dezembro de 2011

GALOPA COMIGO NA BEIRA DO MAR












Um dia eu vi uma flor se mexendo
Corri para perto pra vê-la, ansioso,
Não vi o que houve, fiquei curioso,
A flor que eu queria – que ali ‘stava vendo,
Cantava, dançava, sorria correndo!
Pensei e perguntei-me: estarei a sonhar?
Eu vi uma flor a cantar e dançar?...
Eu nunca vi flor que se mexe e que canta!
Parece milagre, vai ver que ela é santa...
Rezei galopando na beira do mar!

Os anjos ouviram aquela oração;
Fizeram da flor meu abrigo de paz.
Peguei meu cavalo, ligeiro, sagaz,
E fui confirmar toda aquela versão.
Dei asas a ele, meu lindo alazão,
E fui galopando até avistar
Tão linda, tão bela, uma flor a cantar...
Tornou-se mulher, tem o nome de Lua,
Me segue na cama, em casa, na rua
... Galopa comigo na beira do mar!

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