De nós foram-se as mágoas escondidas;
as dores mal curadas já
se vão;
só restam cicatrizes
das feridas,
que o tempo bem curou
com sua mão!
Das telas que se expõem
à abrasão,
as cores desfizeram-se
esvaídas...
mas, cores... poderão
ser revividas
se o artista lhes aplica
outra demão!
É pena que aprendamos
tardiamente
− na tênue luz do ocaso,
no poente –
a ver os descaminhos do
mal feito...
Quem sabe, outra
existência... uma outra vida,
com mais uma lição já
aprendida,
possamos refazer tudo...
direito!
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