A saudade da infância
que guardo dentro de
mim
parece não ter mais fim
o tempo quis por
empenho!
O ontem vem-me sereno,
a fervilhar na memória,
e as peças da minha história
se juntam num grande
engenho!
Por vezes, eu me
pergunto
por que saudade
entristece...?
Garanto que, se eu
soubesse,
teria, sim, dado um
jeito;
pois, digo-lhes com firmeza,
da minha infância
querida
saudade eu trago
incontida,
guardada dentro do
peito!
Às vezes, olho pro
longe,
a me sentir um menino;
olho pro céu, sol a
pino,
e empino o meu papagaio...
o vento vem como
outrora,
e eu penso, como em
criança,
quando esbanjava
esperança,
sob o azul de um céu de
maio:
Um dia, quando eu
crescer,
tornando-me então adulto,
quem sabe, um
jurisconsulto,
ganharei qualquer
porfia!
Pois essa o tempo
ganhou...
levou-me o tempo-criança
e em troca, deu-me de herança
um dom... que é o da poesia!
Confesso queria mais;
queria ser astronauta;
tornei-me um mero
internauta,
das letras cultivador...
Lá nos tempos de
criança,
brincava com os aviões,
estradas e caminhões...
na bola fui jogador!
Agora, ficando velho
e o tempo em velocidade,
no rosto rola a saudade
molhando e caindo ao chão!
...........................................
Peço perdão do que
errei
se a alguém causei
dissabores;
e a quem me amou, mando
flores
...de dentro do
coração!
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