Minha São Luís de
outrora
não mais vejo nos
jornais...
Tiraram de lá o bonde,
levaram não sei pra
onde,
motorneiros não há mais...
(Tive um primo
motorneiro;
na profissão era um ais!
Nas subidas e descidas,
conduzia muitas vidas
...Mas nem consta nos
anais!...)
Os casarões de azulejos,
que agora já são
tombados,
carecem de proteção;
não sofrem manutenção
e estão muito maltratados!
Os políticos não ligam.
Sabem que serão votados,
pois o voto é
obrigatório
e, como num purgatório,
os eleitores...
coitados!
O bom cuscuz de arroz
era vendido na esquina;
geralmente, uma senhora
atendia-nos sem demora,
ao despontar da matina.
Ralava um coco
fresquinho,
cantando um ‘tambor de
mina’,
pra fazer a cobertura
do cuscuz da criatura...
era, pois, sua rotina...
Os pregoeiros nas ruas
gritavam com seus
chavões;
ora era o verdureiro,
outra vez era o
peixeiro...
frutas, legumes,
carvões...
‘Olha o carvão de variiinha’
um cofo por dois
tostões!
Um homem cedia lugar
para mulher se sentar
nos bondes... nas
conduções...
O português bem falado,
que merecia menção,
hoje sofre as
influências
de outras tantas
procedências,
mormente televisão!
Nossa Atenas brasileira
− São Luís do Maranhão
−
precisa manter-se firme!
Que nossa gente se
afirme
na cultura e tradição!
Ah! Se fosse permitido,
no tempo eu lá voltaria...
mas não desisto de
achar
que algo mais pode
mudar,
sem que seja fantasia.
Que a violência se
acabe,
volte a paz e a alegria!
Que autoridades
trabalhem
e que seus atos não
falhem
...na São Luís de hoje
em dia!
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