Esbarro,
sem querer, nos teus avessos
e
encontro-me lá dentro, bem guardado!
Respiro
no presente algum passado
e
bebo dos momentos mais travessos...
Arrisco-me
com suaves arremessos
no
rumo do teu peito − inda magoado −
remexo
os teus cabelos tom prateado
e
escondo-me nos cachos mais espessos!...
Ó
bela fantasia radiante,
fortuito,
nosso encanto foi bastante,
à
luz crepuscular de outro sol-pôr!
Agora,
caio em mim, bendito instante,
e
vejo, na cor rósea em teu semblante,
o
que restou de nós... o nosso amor!
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