quinta-feira, 14 de maio de 2020

O GRITO DE UM POETA




















Do tronco agonizante sai resina,
a lágrima do corte desferido...
o choro é mudo, o caule está rendido,
ao golpe de uma vil mão assassina!

A direção do talho dita a sina;
a mata agora chora o irmão caído,
diante do regozijo de um bandido
a rir-se de uma vida que termina!...

O pranto da floresta nunca afeta
o interesse sórdido que oprime,
e o criminoso cumpre a sua meta!

Mesmo acusado, nunca se redime.
A lei não é cumprida – grita o poeta –
...a impunidade é o SPA de todo crime!

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