sexta-feira, 3 de novembro de 2017

À LUZ DIFUSA














Não via passar o tempo ali contigo,
enquanto no teu mar eu me banhava.
Prostrado, qual em jugo, sem castigo,
rendia-me ao teu desejo e mais te amava!

Tu eras desse amor a bela escrava,
na alcova que era, à noite, o meu abrigo,
bem longe da tormenta e do perigo,
bem onde o amor rugia e em nós calava!

Meu barco, que era o tempo, então passou...
alado, fez-se ao mar e ali pousou,
nas ondas desse mar onde eu velejo!
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Assim, foi tudo um sonho à luz difusa;
a vela transformou-se em tua blusa
...E, ao fim... tu me acordaste com teu beijo!

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