Não
via passar o tempo ali contigo,
enquanto
no teu mar eu me banhava.
Prostrado,
qual em jugo, sem castigo,
rendia-me
ao teu desejo e mais te amava!
Tu
eras desse amor a bela escrava,
na
alcova que era, à noite, o meu abrigo,
bem
longe da tormenta e do perigo,
bem
onde o amor rugia e em nós calava!
Meu
barco, que era o tempo, então passou...
alado,
fez-se ao mar e ali pousou,
nas
ondas desse mar onde eu velejo!
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Assim,
foi tudo um sonho à luz difusa;
a
vela transformou-se em tua blusa
...E,
ao fim... tu me acordaste com teu beijo!
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