Não cala a voz do bêbado na
esquina,
Ao desabafo infame apregoado;
Não cala o vagabundo em sua sina,
Na luta por um bem aquinhoado;
Não cala a boca livre no pecado,
Que a vida torpe abraça e lhe
fascina...
É a trupe que o ditame determina,
Nos atos do agora ou do passado!
Mas, cruel, a insipidez do mau
costume
Oculta-se em disfarce de perfume,
Ao despojar da vida o seu valor...
Desfere o golpe liso do seu gume
E faz calar a voz que sente a
dor
...Na escuridão do leito, sem um
lume!
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