Galga o cimo dos montes,
altaneira,
Nos altiplanos lagos congelados...
Em voz cigana, canta a
derradeira
Canção que faz ninar aos
desolados!
Dos ramos cintilantes e
orvalhados,
Desce em forma de gotas, e em
fileira,
A lágrima cigana e tão brejeira,
Em meio a belos sons alinhavados...
Do lago, quais nenúfares,
despontam
As flores encantadas da montanha,
Que há séculos e séculos
remontam!
A alma cigana entoa, em voz
tamanha,
Seus ais em tons de adeus que,
enfim, se aprontam
Para adentrar à terra em sua
entranha!
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