Famoso? Não é bem assim. Mas quem
não gosta de ser cultuado, ser seguido (não perseguido), ser ouvido, ser
comentado pelas coisas positivas? Muitos o querem até pelas coisas negativas.
A mídia às vezes comenta quando morre um poeta, de quem o povo pouco ou nunca ouviu falar, mas o poeta
era conhecido dos meios culturais ou jornalísticos. Por que não o divulgaram em
vida? Morreu, acabou para quem morre!
Se lêem o que escrevo, comentem enquanto eu puder ler ou
ouvir, por favor.
Há que se dar lugar público aos que ocupam os jornais e televisões (a mídia,
em geral), por seus crimes leves ou hediondos, mas há também que se dar lugar
público – em vida – àqueles que mourejam para, se tiverem sorte, hibernarem nas
prateleiras, após gastar seu precioso
tempo escrevendo coisas que vão encantar somente aos que são “do tempo da
poesia”, do romantismo, da boa sátira... Aos olhos da mídia, não representam
lucro financeiro – são sonhos, dizem eles. Por isso, dormem nas prateleiras da
vida, enquanto a ganância e a ignorância, que andam de mãos dadas, campeiam nos
bastidores bolorentos da ambição financeira.
O castigo tarda, mas não falha: Vejam que as livrarias e editoras estão
em campanha, buscando uma fatia do mercado digital, que é incipiente, mas já
assusta a eles, por venderem mais barato suas publicações.
Por que os livreiros não barateiam os preços para novos escritores e
poetas que locupletam a internet com suas publicações, muitos dos quais dignos
de figurar entre os chamados famosos?
Agora, os livreiros, em desespero,
trabalham nas estratégias de como invadir o mercado eletrônico!
Tenha santa
paciência, caro leitor, que país é esse, que dito pela boca de alguns, é rico
em cultura? Esses, quando falam em cultura, referem-se à música, TV e teatro
(este último, nas grandes cidades)!
A cultura que vem do livro, está
hibernando, nas prateleiras, pois o povo pensa duas vezes antes de meter a mão
no bolso, por uma coisa que pensam não ser do seu tempo, senão estaria na mídia;
poesia para essas pessoas é sonho e fantasia. Mas, saibam elas, ela mexe com o
emocional de forma lúdica e bela, muitas vezes com resultados terapêuticos
alentadores. Mas, a mídia não destaca isso.
O mundo moderno parece conspirar
contra o poeta.
Vá a uma livraria e tente comprar um livro de poesia, em média,
custando 30 reais. Pergunte ao vendedor se ele sabe quanto o autor ou autora
está ganhando naquele livro (claro, ele não sabe, talvez nem os gerentes o
saibam); é vergonhoso dizer, pasmem: Talvez uns 3,00! Isso mesmo, 10% em relação ao preço de capa! O restante é
embolsado por editores e distribuidores... Um absurdo!
O lucro do livreiro é
intocável.
Agora, desesperados, querem
impor regras aos editores eletrônicos, como elevar os preços das publicações
digitais e a de publicar, eletronicamente, somente depois de um prazo – e esse
prazo gira em torno de um ano após a publicação impressa – para que, nesse
período, possam ter seus lucros garantidos, sempre à custa de quem “queimou
pestanas”, como diziam nossos avós, do tempo da lamparina.
Para onde vai a
cultura deste País?
Pergunte a um livreiro e ele, certamente, como o deputado
Justo Veríssimo, do saudoso Chico Anísio, pensará consigo mesmo: “Eu quero é me
arrumar”, e dirá que o custo é alto por causa do maquinário e da mão de obra. E
seguem pensando: “eu quero é me arrumar”!
é isso mesmo, um absurdo o que fazem, vivem às custas do escritor e o escritor diz que não se vive de poesia, ele, o escritor, não vive, mas o livreiro vive... rsrs bju de lindo dia.
ResponderExcluirSegue o link do e-book HAICAIS ABDUZIDOS – 1º CONCURSO DE HAICAIS DO BLOG POETAS DE MARTE:
ResponderExcluirhttp://castanhamecanica.wordpress.com/2012/12/29/marcell-cristiano-org-haicais-abduzidos-2012/
Parabéns pela conquista.
Grande abraço,
Caju.
Grato, Fred, parabéns pela organização do e-book. Abs
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