segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

UM CAUSO DO ALÉM


Pois esse causo do além
Deixou-me um tanto assustado
Um amigo no hospital
Viu a morte do seu lado

Seu apelido era Pé
Mas seu nome era Geraldo
Mas pra se safar da morte
Mentiu mesmo sem respaldo:

Cinco ‘cama’ ele no meio
Morreram os do lado esquerdo!
Veio a morte perto dele
Com tridente e jeito lerdo

– É você que é o Geraldo?
Perguntou-lhe em tom macabro
- Não! Meu nome é Tio Pé
Geraldo é aquele do lado

Noutro dia estava só
Seu causo foi o assunto!
Os dois ali do outro lado
Também viraram defunto!

domingo, 23 de dezembro de 2012

"EU QUERO É ME ARRUMAR"



Famoso?  Não é bem assim. Mas quem não gosta de ser cultuado, ser seguido (não perseguido), ser ouvido, ser comentado pelas coisas positivas? Muitos o querem até pelas coisas negativas.

A mídia às vezes comenta quando morre um poeta, de quem o  povo pouco ou nunca ouviu falar, mas o poeta era conhecido dos meios culturais ou jornalísticos. Por que não o divulgaram em vida? Morreu, acabou para quem morre!
Se lêem o que escrevo, comentem enquanto eu puder ler ou ouvir, por favor.

Há que se dar lugar público aos que ocupam os jornais e televisões (a mídia, em geral), por seus crimes leves ou hediondos, mas há também que se dar lugar público – em vida – àqueles que mourejam para, se tiverem sorte, hibernarem nas  prateleiras, após gastar seu precioso tempo escrevendo coisas que vão encantar somente aos que são “do tempo da poesia”, do romantismo, da boa sátira... Aos olhos da mídia, não representam lucro financeiro – são sonhos, dizem eles. Por isso, dormem nas prateleiras da vida, enquanto a ganância e a ignorância, que andam de mãos dadas, campeiam nos bastidores bolorentos da ambição financeira.

O castigo tarda, mas não falha: Vejam que as livrarias e editoras estão em campanha, buscando uma fatia do mercado digital, que é incipiente, mas já assusta a eles, por venderem mais barato suas publicações.

Por que os livreiros não barateiam os preços para novos escritores e poetas que locupletam a internet com suas publicações, muitos dos quais dignos de figurar entre os chamados famosos? 
Agora, os livreiros, em desespero, trabalham nas estratégias de como invadir o mercado eletrônico! 
Tenha santa paciência, caro leitor, que país é esse, que dito pela boca de alguns, é rico em cultura? Esses, quando falam em cultura, referem-se à música, TV e teatro (este último, nas grandes cidades)! 
A cultura que vem do livro, está hibernando, nas prateleiras, pois o povo pensa duas vezes antes de meter a mão no bolso, por uma coisa que pensam não ser do seu tempo, senão estaria na mídia; poesia para essas pessoas é sonho e fantasia. Mas, saibam elas, ela mexe com o emocional de forma lúdica e bela, muitas vezes com resultados terapêuticos alentadores. Mas, a mídia não destaca isso. 
O mundo moderno parece conspirar contra o poeta. 
Vá a uma livraria e tente comprar um livro de poesia, em média, custando 30 reais. Pergunte ao vendedor se ele sabe quanto o autor ou autora está ganhando naquele livro (claro, ele não sabe, talvez nem os gerentes o saibam); é vergonhoso dizer, pasmem: Talvez uns 3,00! Isso mesmo, 10% em relação ao preço de capa! O restante é embolsado por editores e distribuidores... Um absurdo! 
O lucro do livreiro é intocável.   
Agora, desesperados, querem impor regras aos editores eletrônicos, como elevar os preços das publicações digitais e a de publicar, eletronicamente, somente depois de um prazo – e esse prazo gira em torno de um ano após a publicação impressa – para que, nesse período, possam ter seus lucros garantidos, sempre à custa de quem “queimou pestanas”, como diziam nossos avós, do tempo da lamparina. 
Para onde vai a cultura deste País? 
Pergunte a um livreiro e ele, certamente, como o deputado Justo Veríssimo, do saudoso Chico Anísio, pensará consigo mesmo: “Eu quero é me arrumar”, e dirá que o custo é alto por causa do maquinário e da mão de obra. E seguem pensando: “eu quero é me arrumar”!

A Man's birthday



A Man’s birthday

                                                
It’s Christmas and that Man is alone...
Cards, hugs, kisses on the phone...
I think He is sad despite the celebrations
Gifts just gifts without innovations…
Alone in a crowd, He looks for His name...
Nobody announces Him. Talks are the same.
Garlands and trees, shiny colorful balls;
People up and down just crowding the malls!
Whose birthday is that? Why people rejoice?
Oh! The media announcing, there is no choice
‘Take your gifts to your house!’
– They only think of Santa Claus…
Most of them know nothing about The Man, I guess.
They drink and dance, yell and make mess.
And The Man goes lonely looking over hills
Dancers and drunkards spinning like mills...
…………………………………………..
Say, look!
He’s not far!  He’s here!  He’s everywhere!
He lives and still cares for us somewhere!
He has done His task and shown us the way.
He was crucified , died to pay
Our sins and faults. He gave us Salvation!
Guess what! Yes, He’s Jesus... Forgive us, Lord!... Congratulations!!!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

LINHA DA VIDA


Faz-se a linha da vida suavemente,
traço a traço, num rumo desenhado,
indo ao termo final consolidado,
regra única e válida... vigente!

Rasga o tempo das vestes toda a frente,
despe o âmago limpo engalanado,
rompe os laços do bom e do imprudente,
torce o torpe, o indomável, o estouvado!

Qual um vento que aos poucos se aproxima,
essa linha da vida, quase crua,
nunca diz aonde vai, onde termina...

Alma livre, o espírito flutua,
faz-se livre... Cumpriu parte da sina
que Ele – Deus – ordenou e perpetua!...


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL, JESUS!


Jesus nasceu ali, na manjedoura,
Mudou do mundo a história desde então!
Até aos seus algozes deu o perdão...
A Dimas anunciou a paz vindoura!

A auréola que nos anjos luz e doura
Revela a paz dos bons e a mansidão,
Que, igual à boa semente na lavoura,
Do trigo faz dourado seu pendão!

Jesus não veio aqui a passear!
Sua vinda foi missão que Deus lhe deu,
Como a cada um de nós parece dar...

Aquele que Lhe ouviu e que aprendeu
Tem que imitar a Ele e perdoar!
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Feliz Natal, Jesus, que aqui nasceu!