São meus os versos
teus, são teus os meus,
na imaculada face do
papel,
hoje escultura amorfa
de um cinzel,
feita de cinzas, cinzas
de um adeus!
Trouxe-me o vento
alguns dos versos teus
das cinzas e fumaças de
farnel,
de arengas esquecidas,
de aranzel
entre ilações de magos
e de ateus...
Ao vento aqui chegaram
do distante,
saídos de entre as
frestas de uma estante,
os versos que
escreveste no caminho!
O tempo na poeira fez
um nicho,
guardou-os, deu-me
agora por capricho,
na amarelada cor do
pergaminho!...
(Ineifran Varão)
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