Que tens tu afinal a me ofertar,
Se tudo de nós dois já me foi
dado,
Se até nosso presente já é
passado,
Que mais tenho eu de ti para
esperar?
Não tens belas palavras pra
falar...
Qualquer assunto em nós foi
consumado...
Por que insistir em formas de
atacar
A quem chamaste um dia teu amado?
Olha que o tempo escreve em
tinta forte
As coisas que a memória não
esquece...
Abre fissuras fundas, qual um
corte,
E mais e mais a mágoa ali se
aquece!
Há mágoas que não cessam nem co’a
morte,
Das quais cada vez mais o amor
fenece!...