sábado, 22 de outubro de 2016

E FOI ASSIM... DEPOIS DE UM GALOPE













Um dia acordei, descansado e disposto,
selei meu cavalo e fui passear.
Pois veio uma chuva de mês de agosto,
que os pingos no rosto faltavam cantar!

Passei pelo bosque, no meu galopar,
lembrando dos pingos que vi em seu rosto,
no dia que parti, à noitinha, sol-posto;
de puro desgosto, eu a vi a chorar...

A rédea soltei... meu cavalo correu...                       
e fomos no embalo... só ele mais eu,
e a chuva açoitando, qual fosse a vingar!

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Naquele galope, nem vi que − lá atrás −
um outro cavalo corria voraz,
com ela no pelo... até me alcançar...!

domingo, 16 de outubro de 2016

QUEM SOMOS? O que fazemos? (soneto para reflexão)














Por certo, bem menor que um grão de areia
pareço, ao comentar, num simples verso,
o vasto e imensurável universo,
que envolve a nossa Terra e nos enleia!

Tão ínfimos nós somos nessa teia,
urdida por um Deus não controverso,
presente em nossas vidas, vivo e imerso
em toda a criação que nos rodeia!

Viemos das poeiras estelares,
da força que criou bilhões de lares,
morar num corpo feito desse pó!

Nós somos aprendizes do possível,                 
da obra desse Deus indivisível,
que tudo fez e faz e que é um só!