quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O ANIVERSÁRIO DE UM HOMEM


É dia de Natal... Um homem parece estar sozinho...
Cartões, abraços, beijos são dados até no cãozinho.
Acho que o homem está triste, apesar das festividades.
Presentes e mais presentes, sem grandes novidades.
Sozinho, na multidão, ele procura seu nome.
Ninguém o anuncia. Ninguém fala nesse homem.
Guirlandas e árvores, bolas brilhantes e coloridas.
Gente pra cima e pra baixo nos “ shoppings”  e avenidas.
De quem é esse aniversário? Por que o povo se rejubila?
A mídia anuncia tudo. 
Sem escolha, entramos na fila.
Muitos não ligam, outros nem sabem o porquê da festa (é
minha impressão).
Bebem, dançam, gritam...  Tremenda confusão.
...E aquele homem caminha pelo mundo, sozinho,
Olhando dançarinos e bêbados a girar como moinhos...
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Ele não está longe! Está aqui! Ele está por toda parte!
Ele vive e ainda zela por todos nós. Ele me ama e quer amar-te!
Ele já fez Sua tarefa e nos mostrou o caminho.
Foi crucificado e coroado de espinho,
Morreu por nossos pecados e nos deu a Salvação!
Ah! Jesus é o nome dele!  É seu aniversário!
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Senhor, perdoe-nos! Receba nossa humilde Saudação!
Um Feliz Natal a todos e que todos se lembrem de agradecer e parabenizar ao aniversariante: JESUS!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O LAMENTO DE UM BRASILEIRO


− Seu moço, eu morava ali...
Tinha perto do caminho
Um riozinho limpinho,
Que dava pra ver o fundo!
Eu via os peixes nadando,
Subindo na correnteza,
Via em volta a natureza,
Coisa mais linda do mundo!

A estrada feita de terra
Pra carro de boi passar
Ornamentava o lugar,
Nas voltas que o rio dava...
Dois sulcos, mato no meio,
Flor do campo e vassourinha,
Areia fina e branquinha
Era o que a vista alcançava!

Aqui e ali u’a casinha,
Entre a folhagem da mata;
Era uma vida pacata,
Onde a paz fazia morada...
Tanto tempo e inda me lembro...
Ali sentia-me seguro,
Sem cerca, arame e sem muro,
Na paz do rio e da estrada!

De vez em quando, as pessoas
Passavam cumprimentando,
Iam pela estrada, andando...
Carro mesmo, só o de boi;
Mas o tempo foi passando,
Dando lugar à certeza
De que nem mesmo a beleza
Seria o que um dia foi!

O riacho ficou sujo,
Os peixes todos sumiram;
Por fim, as árvores viram
A debandada das aves...
Chegaram as motosserras,
Os algozes, os vilões,
Tratores e caminhões,
A transitar sem entraves!

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− Fez u’a pausa aquele homem
Que contava a sua história
Guardada em sua memória.
Acocorou-se e chorou...
De onde estava acocorado,
Levantou-se, olhou pro céu
Pôs na cabeça o chapéu,
Partiu... E não mais voltou...

Lamento de um brasileiro,
Voz embargada ao falar,
Que viu seu sonho acabar
Mutilando a sua vida!
Suas lágrimas davam conta
De tanta dor e impotência,
Da via sacra e ‘sofrência’,
De uma esperança perdida!

Tudo em nome de um progresso
Suspeito e manipulado!
Por trás, um patrão letrado,
Com mandato e posição!
− Os pobres perderam tudo!
De ninguém chegou apoio;
Sem a roça, a terra, o arroio
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Morreram na precisão!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ALGUNS MINUTOS EM BRASÍLIA


De tanto ver falcatruas
estampadas nos jornais,
passei a olhar pelas ruas
só manchetes, nada mais!

Foi assim que vi num muro,
num muro de bela casa,
pintada em grafite escuro,
uma gaivota − sem asa!

Gaivota com rosto humano?
Essa eu juro, nunca vi!
Mistura de pena e pano
dentucinha quando ri!

Parei então para olhar...
Bem pintado era o grafite
que eu tive que elogiar!
(Não me pediram palpite)

Pousada em frente ao Congresso
fazia cocô de onde estava!
Um guarda barrava o acesso
pra não sujar quem passava!

Não me aguentei, dei risada!
Um cara, de longe, filma
e grita: Achou engraçada?
− Ela é a minha amiga Dilma!

Pensou que eu fosse tucano
o pobre do mequetrefe...
Respondi: É um engano
− eu não falei em Roussef!

Mais à frente ouvi a alcunha
de um político – em voz alta:
Você é amigo do Cunha?
É menos um, não faz falta!

Quando eu dobrei a esquina,
deparei-me com o Miguel.
Gritei: Segue a tua sina!
(Pensei que fosse o Michel)

Perambular por Brasília
é tropeçar no escuro;
é andar a pé sem ter trilha,
se arriscar sem ter seguro!

Vi sapo engolindo cobra
olhos voltados pra mim;
sujeira, então, vi de sobra,
quadra e mais quadra sem fim;

vagabundo em belos ternos,
nariz pra cima, gravata;
roubalheira dos infernos,
falácia e muita bravata!

Apesar da arquitetura
do belo plano piloto,
fez parte dessa aventura
ver tanto rato de esgoto!

Vi até o ex-presidente,
que diz não saber de nada,
beber pinga sorridente
depois cuspir na calçada!

Mas também há coisa boa
− o lago Paranoá!
Peixe grande ri à toa...
− povo não se banha lá!

Pena!... Há tanta coisa errada
e o povo segue iludido...
E além de levar porrada,
se não votar, tá perdido!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CHEGA DE ABUSOS!

De tanto respirar o que é propina,
de ver a educação em decadência;
de tanto ouvir e ver a violência,
de ver o desrespeito em cada esquina,

louvores devo às aves de rapina,
que fazem luta por sobrevivência!
− Pior é o ser humano sem consciência,
que extorque, fere e mata qual rotina!

Não há como ficar sem fazer nada,
tentando se esquivar nessa empreitada,
enquanto a fraudulência ali campeia!

A força que nos guia é bem mais forte!
É árvore que nunca tomba ao corte,
princípio que nos move, nos norteia!