terça-feira, 5 de junho de 2012

CERNE


Diz-nos de si no cerne da obsessão
A força inconsciente que transcende!...
Mistura-se ao chorume em parco chão,
Enquanto u’a chama nova se acende!

Do seio recrudesce e em grito estende
O impulso de alcançar com sua mão...
Beijam-lhe mimos falsos de um senão,
Cai no ilusório sim que não entende!

Invólucros do bem chegam da messe
Na grande e larga estrada que oferece
As flores que perfumes não contêm!

Fica a ilusão do que inda peço em prece,
Se é que minh’alma um pouco inda merece,
Ao fim da prece... Quando digo amém!

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4 comentários:

  1. Depois de varios clicks adiados cá estou,para ler e sentir a força de sua poesia nas inspirações tão cantada por amigos.
    E caio na essencia deste belo soneto como primeira leitura em sua pagina.
    Maravilha de construção Ineifran,e a prece há que ser atendida com esta humildade essencial na oração.
    Bravo amigo.
    Abraços de paz e luz.

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    1. Grato pela visita e belas palavras, caro poeta. Seja bem vindo. Abraços

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